Um ataque envolvendo um cão da raça pitbull resultou na morte de uma cadela e deixou um morador ferido na manhã de quarta-feira (2), no bairro Santo Antônio, em Barra do Garças (MT). O caso reacende a discussão sobre a circulação de cães considerados potencialmente perigosos e a responsabilidade dos tutores.
O incidente foi registrado na Rua Joana Cristino Cortes. De acordo com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, o pitbull escapou de uma residência onde o portão estava preso apenas com um fio de plástico. Ao sair, atacou uma cadela que estava na rua. Um homem de 56 anos tentou conter a agressão e acabou mordido na mão. Ele foi socorrido e encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
A Polícia Militar relatou que o cão ainda estava com a cadela na boca quando as equipes chegaram. O uso de spray de pimenta foi ineficaz, sendo necessário o uso de uma arma de choque. Somente após o segundo disparo o animal largou a cadela, já sem vida, e voltou para dentro do imóvel.
O tutor do animal, um jovem de 27 anos, foi encaminhado à Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos. Segundo os agentes, ficou constatado que houve negligência por parte do responsável, já que o portão da residência não oferecia segurança mínima para impedir a saída do cão.
Equipes da Vigilância Ambiental e da Secretaria Municipal de Saúde acompanharam o caso. Um médico veterinário também foi acionado para avaliar as condições do animal.
A legislação municipal nº 2.544/2006 determina que cães das raças pitbull, rottweiler e outros considerados de grande porte ou de comportamento agressivo só podem circular em vias públicas com coleira, guia curta e focinheira. Apesar disso, moradores afirmam que a regra raramente é fiscalizada e cobram ações mais rigorosas do poder público.
O caso expõe a fragilidade na aplicação da lei e levanta a necessidade de campanhas de conscientização, fiscalização contínua e punições mais severas para tutores que descumprem normas de segurança. Especialistas alertam que a responsabilidade sobre o comportamento dos cães é integralmente dos donos, inclusive em casos de omissão, como portões abertos ou ausência de contenção adequada.
As autoridades seguem investigando o caso, que pode resultar em sanções administrativas, civis e até criminais, caso se confirmem falhas por parte do tutor. A população, por sua vez, pede que episódios como esse não fiquem impunes e que novas tragédias sejam evitadas com prevenção e responsabilidade.
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